sábado, 11 de fevereiro de 2012

Sentimentos...

Expressar o que sinto nunca foi fácil, desde sempre aprendi a reprimir meus sentimentos, guardando-os pra mim. Entender e explicar sentimentos não faz parte de mim... Esta ai o motivo do meu silencio em certos momentos, mesmo tentando falar o que sinto, nunca sei ir direto ao ponto, o faço por enigmas aquilo que quero. As vezes até treino, tudo que vou falar, mas nada sai do jeito que eu quero.
Quando falo que meu “eu” se bloqueia quando coisas desse tipo acontecem, não é querendo apagar ou fingir que não sinto algo, ou que esse algo que existiu simplesmente sumiu, talvez consigo ser tão fria pra afirmar que não seja nada. Pois as coisas marcam, e por mais que eu desculpe, aquela marca estará lá. E a melhor forma que encontro de esquecer, é sozinha, pensativa...
Sei que sou imprevisível, será sempre estranho quando der um passo adiante, ou ainda sim recua-lo...
Porque talvez essa seja eu... O meu eu oculto que eu ainda estou tentando transparescer...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

A importância do Perdão


    O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da casa. Seu pai, que estava indo para o quintal fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa. Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado: 
    - Pai estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito comigo. Desejo tudo de ruim para ele. Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta, calmamente, o filho que continua a reclamar: 
    - O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola. 
    O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado. Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo: 
     - Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou. 
    O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta: 
   - Filho como está se sentindo agora? 
   - Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa. 
    O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:
    - Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa. 
    O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo. Que susto! Só se conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos. O pai, então, lhe diz ternamente: 
   - Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas, olhe só para você. O mau que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos. No nosso dia a dia, ficamos muitas vezes irados com as pessoas que nos ferem, e o rancor humano faz com que tenhamos raiva ou ódio de nossos semelhantes que pecaram contra nós, mas como este pequeno conto tão bem ilustra, o ódio traz mais conseqüências e marcas em quem odeia do que em quem é odiado, ouse perdoar a quem te machucou, ouse perdoar a seu semelhante, mesmo que ele não mereça, no final quem sairá ganhando com certeza será você.

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